Nicholas Carr, Zygmunt Bauman, Bertolt Brecht e a Internet
Sabemos que a internet se tornou, para além de uma indispensável ferramenta de trabalho, de pesquisa, de informação, uma fonte de prazer. Os livros deixaram de ocupar um espaço privilegiado,mas também a comunicação em tempo real entre grupos decaiu.
Antigamente, os serões à volta da televisão e das suas ofertas perdeu bastante interesse. Podemos estar no computador e estar ver um canal televisivo e em simultâneo, falarmos com alguém ligado do outro lado do mundo.Nicholas Carr confirma-nos o que se suspeitava. A internet alterou a fisiologia cerebral e continua a fazê-lo. E, se antes a internet pertencia ao mundo dos adultos, hoje as crianças de 4/5 anos já possuem o seu próprio computador pessoal. Os processos do pensamento a sofrerem alterações visíveis a olho nu. A atenção pode estar comprometida, para tarefas temporais que exigam concentração. Não será só a atenção comprometida. Que podemos esperar do nosso cérebro, tão imensamente plástico e adaptável ás constantes exigências do mundo moderno? A memória e o pensamento crítico a par com a atenção já estão seriamente envolvidos nesta fabulosa viagem na mutação do homem pós-moderno.
São essas respostas que o sociólogo polaco e o escritor do prémio Pulitzer nos avançam.
Como não alterar a fisiologia cerebral? Mas não é só a fisiologia cerebral mas antes o funcionamento interno cerebral.
Zygmunt Bauman escreveu já vários livros (modernidade Líquida, Tempos Líquidos, entre outros), alguns acessíveis online, onde disseca o tipo de relacionamentos sociais e afetivos vividos através da internet. Os temas são diversificados. O mundo está a mudar e nós com ele.
Comentários